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Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo, ou apenas Aluísio de Azevedo, foi um romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro, além de precursor do Naturalismo no Brasil devido à publicação de seu segundo romance: “O Mulato” de 1881, primeira obra brasileira com a inédita estética Naturalista. (CliqueAqui para saber mais sobre o naturalismo)

Entretanto, Azevedo não criou o Naturalismo, foi apenas inspirado por escritores naturalistas europeus, em especial Émile Zola o real introdutor desta estética nos meios literários com a obra Thérèse Raquin  de 1867.


Azevedo conseguiu adaptar os conceitos naturalistas de Zola perfeitamente a Realidade brasileira, o que resultou em sua mais famosa e importante obra: “O Cortiço” de 1890. Nela, podemos conferir como Azevedo da destaque a camadas marginalizadas da sociedade (prostitutas, mineradores, lavadeiras, etc), exaltando seus comportamentos violentos e animalescos , influenciados pelo meio em que vivem.(Lembrando que o Naturalismo, diferentemente do Romantismo e do Naturalismo focados na burguesia, é o único a colocar representantes de camadas baixas em primeiro plano.) O Autor da ainda ênfase em personagens estereotipados, o que ajuda a criar uma critica ampla em vários pontos da sociedade. “A natureza humana afigura-se-lhe uma certa selvageria onde os fortes comem os fracos", afirma o crítico Alfredo Bosi sobre as obras de Azevedo

Predominam em suas obras vários conceitos filosóficos Naturalistas: O determinismo (o homem é influenciado pelo local onde vive); o positivismo (tudo pode ser provado pela ciência); Zoomorfização (o homem visto como um animal, guiado por seus instintos) e o fatalismo (o destino do homem é certo e imutável).

Obras: “Uma lágrima de mulher” (1879); “Memórias de um condenado” (ou “A condessa Vésper”) (1882); “Mistério da Tijuca” (ou Girândola de amores) (1882); “Filomena Borges” (1884); “A mortalha de Alzira” (1894). 

Romances naturalistas: “O Mulato” (1881); “Casa de pensão” (1884); “O Homem” (1887); “O Cortiço” (1890); “O Coruja” (1890).

Aluísio de Azevedo se destacou ainda como cartunista quando jovem, porem, devido a dificuldades financeiras, teve de dar um tempo nos desenhos e se dedicar e carreira literária que lhe permitia criticar a sociedade como em suas caricaturas, porem com mais certeza de que poderia sobreviver disso.


 Ainda sim, abandonou a carreira literária quando passou em um concurso e se tornou diplomata, em 1895. O autor faleceu em Buenos Aires quando exercia o cargo de agente consular, em 21 de janeiro de 1913. 

Um crítico da época escreveu: 


"Aluísio Azevedo é no Brasil, talvez, o único escritor
 que ganha o pão exclusivamente à custa da sua pena
 mas note-se que ganha apenas o pão,
 as letras no Brasil ainda não dão para a manteiga..." 




                                                                                                               
                                                                                               

A. Azevedo <aluiziode57@gmail.com>






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