A obra “O Cortiço” trata de diversos temas, como por exemplo, o homossexualismo, o alcoolismo, capitalismo, prostituição, submissão da mulher e a degradação humana, todos estes aspectos fundamentados na teoria de que o homem é fruto do meio. Buscando raízes no Naturalismo chega-se a conclusão de que Azevedo buscava uma nova forma para retratação da sociedade, porém de um modo diferente do Realismo, onde as personagens são representações pouco mais rebuscadas, detalhadas e com traços psicológicos bem delimitados. As personagens da obra em questão eram representações de tipos sociais, não se fazia uma análise comportamental à partir de traços psicológicos, mas sim, do meio onde viviam.
Em "O cortiço" aparecem basicamente duas linhas de conduta: uma que trata das questões sociais e outra das questões individuais e sentimentais. No caso das questões sociais, temos como maior representante a personagem João Romão, que torna-se um grande comerciante passando por cima de tudo e todos. Assim, através de uma representação crua das relações sociais, que aqui são puramente movidas pelo interesse individual, têm-se uma crítica social. Já nas questões individuais/sentimentais, temos a personagem de Jerônimo, que casa com a Rita Baiana, mas não por amor. Ele se envolve com ela porque se sente atraído sexualmente.
Todos os temas retratados estão ligados à realidade atual. Não estão voltados somente à realidade nacional, mas sim, universal. O autor retrata a vivência e o comportamento da sociedade sobre uma ótica estética, rica em detalhes, com teor denunciativo e há rompimento com o romance convencional.
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